Para o diretor executivo da FGV/Crescimento & Desenvolvimento, Pedro Cavalcanti Ferreira, que mediou as apresentações nesta terça-feira, os BRICS são muito estudados do ponto de vista diplomático e das ciências políticas, mas ainda faltam análises econômicas sobre o grupo, muito importantes diante do crescimento da China e dos laços econômicos com os outros países.
"[BRICS] é um tema muito quente entre os cientistas políticos e diplomatas, pessoas interessadas em relações internacionais, mas os economistas não deram muita atenção. Quando a gente começou a pensar no tema [do seminário], achamos que valia a pena chamar a atenção do ponto de vista dos economistas e trazer para a discussão os cientistas políticos também, porque as relações não só diplomáticas e políticas entre esses países vão ficar cada vez mais importantes, mas as relações econômica também", ressaltou.
Também diretor da FGV/Crescimento & Desenvolvimento, Roberto Castello Branco apresentou as diferenças e semelhanças entre as economias dos BRICS. Segundo ele, a parte econométrica da pesquisa ainda está em desenvolvimento, mas a análise dos fatos mostra que, apesar de ter o crescimento fortemente desacelerado desde 2011, os BRICS são economias importantes, que representam 29% do PIB global, e têm grande potencial de crescimento, com destaque para a China.
Nesta terça-feira também foram apresentados aspectos sobre a nova posição da China no cenário geopolítico global, a convergência dos BRICS nas votações das Nações Unidas e a posição do grupo na ordem mundial. Na quarta-feira, 10 de junho, serão tratados temas como as relações econômicas entre China e América Latina e os desafios para o crescimento dos países que compõem o BRICS, informou Agência Brasil.