"Para desenvolver as capacidades e a efetividade dos nossos parceiros em campo, o presidente autorizou o envio de mais 450 militares para treinar, aconselhar e ajudar as forças de segurança iraquianas na base militar de Taqaddum, na província de Anbar", diz o texto do comunicado emitido pelo serviço de imprensa do governo norte-americano.
De acordo com a Casa Branca, a decisão foi tomada após um pedido pessoal do primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, e conforme recomendações do secretário de Defesa dos EUA, Ash Carter, e de outras autoridades, recebendo apoio unânime da equipe de segurança nacional de Obama.
Atualmente, os Estados Unidos mantêm cerca de 3 mil soldados no Iraque para ajudar na luta contra os extremistas do Estado Islâmico, que, segundo os americanos, parece ser muito mais complicada do que eles haviam imaginado inicialmente. Recentemente, em coletiva de imprensa, o próprio presidente Barack Obama admitiu a falta de estratégia por parte de seus militares e informou que os EUA estavam planejando criar um novo plano de combate para deter o Estado Islâmico no Iraque, mas sem repetir os erros da invasão de 2003. Basicamente, esse novo plano irá se concentrar mesmo no treinamento das forças locais e na manutenção dos ataques aéreos da coalizão liderada por Washington, o que, para algumas autoridades iraquianas, é pouco para um país que diz liderar a política unipolar no mundo.
Apesar dos bombardeios da coalizão e das investidas dos exércitos curdo e iraquiano por terra, os terroristas do EI seguem conquistando importantes vitórias e tomando o controle de territórios estratégicos no país, como a cidade de Ramadi, capital da província de Al-Anbar.