Além da reavaliação dos laços com a Rússia, a resolução insta Bruxelas a combater a “propaganda russa”, a “ajudar a sociedade civil russa” e a criar meios de comunicação “independentes” de língua russa. O projeto foi escrito com base em um relatório do eurodeputado Gabrielius Landsbergis, da Lituânia, que conseguiu passar a resolução com 494 votos a favor e 135 contra, com 69 abstenções.
"Com sua agressão contra a Ucrânia e a anexação da Crimeia, a liderança russa colocou as nossas políticas em uma encruzilhada. Cabe ao Kremlin decidir agora que caminho ele vai tomar – cooperação ou aprofundamento da alienação", opinou Landsbergis.
Apesar das especulações na mídia ocidental, entretanto, mesmo o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, não levantou a questão quando conversou com o chanceler russo Sergei Lavrov em fevereiro.
"Para levantar esta questão, é preciso ter alguns dados específicos. Durante todo o ano passado, a OTAN não nos apresentou nenhuma informação específica", disse Stoltenberg na ocasião.
O conflito na Ucrânia pode estar à beira de uma nova escalada verdadeiramente assustadora. Um acordo de paz global entre as grandes potências é necessário para evitar a deterioração do conflito armado, mas os eurodeputados, munidos com informações sem fundamento e com uma agenda claramente antirrussa, podem acabar minando a possibilidade de um futuro diálogo entre Bruxelas e Moscou.