Em paralelo ao Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo, os cinco países BRICS terão um encontro com a Organização para a Cooperação de Xangai no Fórum de Negócios SCO-BRICS. Com exclusividade para a Sputnik Brasil, o especialista Mário Russo comenta: “É um momento para repensar os acordos entre os países.”
Neste ano serão discutidos em São Petersburgo os seguintes assuntos: “Economia mundial: novos desafios e horizontes”; “Rússia: um campo de oportunidades”; “Desenvolvimento do capital e de competências humanas”; e “Inovação disruptiva: tecnologias e tendências”. O Fórum conta ainda com uma série de outros eventos destinados a empresários que buscam novas oportunidades de investimento na Rússia e no continente asiático.
Para o jornalista especializado Mário Russo, o encontro SCO-BRICS é muito importante não só no âmbito da Organização para a Cooperação de Xangai, mas também por significar uma nova alternativa de cooperação e intercâmbio econômico entre várias nações fora do grande eixo ocidental, tradicional, que não oferece nenhum resultado para o Brasil nem para o grupo dos BRICS.
”A OSC e o Fórum de São Petersburgo se somam a outros esforços que vêm sendo feitos ao longo dos últimos anos não só capitaneados pela Rússia mas com a participação efetiva de cada país-membro do BRICS, num esforço de aliança para tirar o mundo do eixo unipolar, onde tudo fica submetido à avaliação das agências de risco, ao FMI, ao Banco Mundial. É um momento para repensar os acordos entre os países.”
O jornalista chama ainda atenção para a importância do crescimento de mercado da União Euroasiática, ainda pouco explorado, mas que tem tido cada vez mais aproximação com os países do Mercosul. O bloco euroasiático compreende Rússia, Bielorrússia e Cazaquistão e, em processo de entrada, Armênia e Quirguistão.
“A União Euroasiática define políticas aduaneiras, define regulações de competência econômica, políticas energéticas e também de financiamento”, comenta Mário Russo. “E tem um PIB de tão grande importância que o Instituto da América Latina da Academia de Ciências da Rússia já projetou que o comércio bilateral entre a União Euroasiática e o Mercosul pode chegar a US$ 100 bilhões até 2030.”