Embora o número de vítimas ainda não tenha sido confirmado pelas autoridades, podendo, inclusive, aumentar, esse já é o bombardeio mais mortal desde o início das operações militares da coalizão em território iemenita.
Véspera do Ramadã, mês que marca o jejum ritual dos muçulmanos, as tensões no Iêmen aumentaram consideravelmente nesta quarta-feira. Um dia depois da morte do líder da Al-Qaeda no país, Nasser al-Wuahishi, vítima de um ataque realizado por um drone norte-americano, testemunhas afirmaram que o grupo terrorista executou hoje dois cidadãos sauditas acusados de trabalharem como espiões para os Estados Unidos. Os dois homens, conhecidos como al-Mutairi e al-Khaledi, teriam sido levados para o centro da cidade de Mukalla e fuzilados na frente dos habitantes locais.
Enquanto isso, na capital, Sanaa, explosões provocadas por carros-bomba atingiram diversas mesquitas e um prédio administrativo utilizado por rebeldes houthis, matando dezenas de pessoas. Até o momento, nenhum grupo assumiu a responsabilidade por esses ataques.
Apesar de quase três meses de ataques aéreos, as forças lideradas por Riad fizeram pouco progresso na luta contra os houthis até agora. O que mais chama a atenção nessas operações até aqui são os números de civis mortos, mais de 1.412, e feridos, 3.423, em decorrência desses bombardeios.