"Eu posso confirmar que há um ciberataque contra os sites governamentais", informou mais cedo Clement através de sua conta no Twitter, oferecendo um número de telefone para aqueles que desejassem informações presentes nas páginas bloqueadas.
Ao assumir a autoria do ataque, o Anonymous afirmou se tratar de um protesto contra a nova lei antiterrorista do Canadá, que aumenta significativamente os poderes dos serviços secretos do país e viola, segundo o grupo, os direitos e as liberdades da população, tendo como alvo principal as minorias e os dissidentes.
"Trocaremos nossa vida privada em nome da segurança?", questionam os "anônimos" em mensagem publicada nas redes sociais.
A polêmica lei foi redigida após os ataques extremistas que chocaram o país no final do ano passado e resultaram na morte de dois militares, no Québec e em Ottawa. O texto, controverso, foi adotado pelo governo apesar da forte oposição da sociedade, que teme a vigilância sistemática de suas atividades na rede. Entre outras coisas, o documento penaliza o que for considerado promoção do terrorismo, aumenta o período das detenções preventivas de suspeitos e amplia os poderes dos serviços nacionais de inteligência, que poderão exercer um controle sem precedentes da internet e até se envolver em programas de espionagem no exterior.