SPUTNIK: O gasoduto Turkish Stream é muito importante, mas existem ameaças, que pode acontecer o mesmo como foi com South Stream…
É por isso que eu estou à espera da pressão aos participantes potenciais do Turkish Stream. Mas acho que aqui temos a situação um pouco diferente. Embora a Turquia é um país-membro da OTAN, ela bastante sucessivamente defende os seus interesses nacionais. Bruxelas não é uma autoridade séria para a Turquia. O poder em Ancara não declinará um projeto que pode transformar a Turquia em um Estado importante de trânsito na Europa.
S: O alvo dos EUA parece claro, eles tentam vender o seu gás à Europa, mas a questão é qual a razão para os norte-americanos de tentar isolar a Rússia?
A crise foi provocado pela falta de vontade dos EUA de tomar em consideração os interesses da Rússia e pela expansão da OTAN às fronteiras russas. É claro que a Rússia respondeu. E agora há muitos outros Estados, não só a Rússia, não querem fazer parte da estratégia global norte-americana. E, com certeza, também a China, o Brasil, o Irã, o Egito e muitos outros Estados grandes e importantes nas suas regiões. Por isso eu penso que a política destes é destinada ao fracasso. Ela pode custar muito à Europa, bem como à segurança internacional.
S: Quais são os instrumentos de pressão dos EUA à Europa? Parece que tudo o que a Europa faz contra a Rússia, ela faz contra si mesma também?
S: Mais do que tudo isso, existe um perigo sério para a Europa os EUA – a “propaganda russa”. Por exemplo, a Sputnik. Porque isso acontece?
A.P.: No meu ver, o Ocidente por muito tempo tinha o monopólio total à informação. A mídia ocidental em geral, especialmente ultimamente, partilha do ponto de vista único, pelo menos sobre a situação com Rússia e a Ucrânia. Nestas condições, eu acho que o fim do monopólio da informação da mídia pró-americana provocou uma reação muito nervosa. Embora o Ocidente declare que é tolerante e pluralista, não é assim. Ele é absolutamente intolerante em relação ao tudo o que contradiz aos seus pontos de vista.