Alemanha e França se opõem à implantação de mísseis nucleares dos EUA na Europa

© AFP 2023 / WOJTEK RADWANSKI Soldados dos EUA na frente da bateria de mísseis Patriot
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As autoridades da Alemanha e França não apoiam os planos de implantação na Europa de mísseis norte-americanos capazes de transportar ogivas nucleares, relata o Deutsche Welle, citando a revista Der Spiegel.

A fonte da edição no Ministério da Defesa alemão sugere que a maior parte das armas pode ser colocada exatamente na Alemanha.

“Berlim está preocupada por a Europa poder novamente se envolver na situação de crescente confrontação entre o Leste e o Ocidente, podendo a Alemanha se tornar em uma zona de implantação [de armas nucleares]”, escreve a revista.

Na opinião do especialista alemão em questões de segurança Wolfgang Richter, ambas as partes do conflito devem voltar à política de contenção.

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“A espiral de ações e reações militares não pode continuar. Acho que a ideia de segurança comum está se perdendo. Todas as partes têm que mostrar contenção estratégica. Mas ambos os lados têm realizado exercícios e manobras, aumentando contingentes e realizado patrulhas aéreas. Ambos os lados precisam de voltar à contenção, a fim de a ideia de segurança comum não se perder”, disse Richter na entrevista à Sputnik.

Ao mesmo tempo, o ministro da Defesa britânico, Michael Fallon, disse em entrevista à BBC, que a Grã-Bretanha apoiará instalação dos mísseis na Europa se o governo dos EUA assim o decidir. Mais cedo o ministro do Exterior britânico, Philip Hammond, também disse que a Grã-Bretanha está novamente pronta a colocar mísseis nucleares norte-americanos tendo em conta os crescentes “perigos”.

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Além disso, segundo Welt am Sonntag, a discussão do programa nuclear da Rússia será o tema principal na reunião dos ministros da Defesa da OTAN, marcada para 22 de junho. Para essa cúpula o comando da OTAN preparou um relatório secreto sobre o programa russo. Os ministros também vão discutir como tornar ainda mais eficaz a sua Força de Reação Rápida.

Na semana passada a agência americana Associated Press informou que a administração dos EUA está considerando a possibilidade de instalação de mísseis nucleares na Europa em resposta às supostas violações do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF) por parte da Rússia.

Depois isso, o presidente Vladimir Putin anunciou planos para reforçar as forças nucleares estratégicas da Rússia. Neste ano sua estrutura irá incluir mais 40 novos mísseis balísticos intercontinentais, estando também prevista a criação de um novo radar de deteção de alvos aéreos na direção leste.

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