“As 250 unidades são muito pouco para uma brigada. É um modo de tranquilizar os membros da OTAN do Leste Europeu, que estão muito preocupados com a suposta ameaça russa”, analisou Vladimir Batiuk, do Centro de Estudos Políticos e Militares da Academia de Ciências da Rússia.
Segundo Batiuk, a Rússia certamente responderá à iniciativa dos EUA. “Podem ser várias respostas, como o posicionamento de novos mísseis da classe Iskander nas regiões ocidentais da Rússia.”
“É uma insignificância, 250 tanques no Leste Europeu não mudam o cenário, sobretudo levando em consideração que as guerras de hoje não são feitas com tanques”, afirmou.
Polikanov indicou que a iniciativa dos EUA serve para acalmar os vizinhos europeus da Rússia “que estão em pânico por acreditarem que serão as próximas vítimas da ‘agressão’” depois da Ucrânia.
Yevgeny Buzhinski, do Centro PIR, indicou que Moscou e Washington têm diferenças no que diz respeito a se esses planos americanos violam a Ata de Fundação OTAN-Rússia.
“Sempre tivemos diferenças sobre quais forças militares se consideram significativas. Eles dizem que uma brigada não é significativa. Nós dizemos que sim”, disse.
Anteriormente, o embaixador americano na OTAN, Douglas Lute, defendeu a medida ao afirmar que ela tem como meta aumentar a eficácia de exercícios militares e não viola a Ata de Fundação OTAN-Rússia, assim como outros documentos internacionais.