Durante a cerimônia realizada no Parque Aquático Maria Lenk, na Zona Oeste da cidade, o COB – Comitê Olímpico Brasileiro lançou a mascote do Time Brasil, a onça-pintada Ginga, que vai acompanhar a delegação brasileira nos Jogos Olímpicos e em todas as competições internacionais.
A celebração do Dia Olímpico contou com a participação da Presidenta Dilma Rousseff, que em seu discurso lembrou faltarem pouco mais de 400 dias para o Rio de Janeiro se tornar a capital das Olimpíadas e da Paz. ”Nós estamos a 409 dias do início das Olimpíadas, e a 442 dias do começo dos Jogos Paralímpicos. Esse é o tempo que falta para que o Rio de Janeiro se transforme no Centro Esportivo do Mundo, se transforme no local em que milhares de atletas e milhões de pessoas virão comemorar sobretudo a paz entre os povos, mas também a grandeza e a expressão maior da humanidade que é essa capacidade de jogar, de concorrer, de se esforçar, de se superar.”
A competição em Toronto, que começa em 10 de julho, vai ter a participação de 600 atletas brasileiros, a maior delegação que o Brasil já enviou para um evento esportivo realizado fora do país.
Além da Presidenta Dilma Rousseff, também estiveram presentes na celebração do Dia Olímpico o governador do Estado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, o Presidente do COB, Carlos Nuzman, e presidentes das confederações brasileiras.
O Plano de Políticas Públicas, atualizado em abril deste ano, referente ao legado dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, é composto por 27 projetos, 14 sendo executados pela Prefeitura do Rio, 10 a cargo do Governo do Estado e 3 de responsabilidade do Governo Federal. São obras de infraestrutura, incluindo esportiva, e políticas públicas nas áreas de mobilidade, meio ambiente, urbanização, educação e cultura, que estão em andamento e foram aceleradas ou viabilizadas pelo fato de o Rio de janeiro sediar o evento. Os projetos totalizam R$ 24,6 bilhões.
Segundo a coordenação dos Jogos, 24 projetos já tiveram pelo menos o edital de licitação publicado e por isso têm orçamento definido, de aproximadamente R$ 24,1 bilhões, em valores de abril de 2014. Do total de projetos, 74%, ou seja, 20 projetos, estão em fase bem avançada, com contrato assinado para o início da obra ou serviço.
No mês passado, o Ministério do Esporte divulgou imagens aéreas das obras que estão sendo realizadas. As fotos captadas no fim de abril e início de maio revelam a evolução da construção das instalações em Deodoro, na Zona Norte do Rio, e no Parque Olímpico da Barra da Tijuca e na Vila dos Atletas, na Zona Oeste da cidade.
Em Deodoro, foi possível ver os serviços de fundação e de construção das primeiras estruturas do Parque Radical e de acabamento do Centro Nacional de Tiro Esportivo, cujo edifício já foi construído.
Também há registros dos trabalhos de fundação do Complexo Esportivo de Deodoro, do Centro Aquático do Pentatlo Moderno e do Centro Nacional de Hipismo, que já está com as arquibancadas instaladas.
Na ocasião, a Presidenta Dilma Rousseff se mostrou satisfeita com o andamento das obras e declarou que a construção do Parque Olímpico estava em dia.
Nos transportes, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, após fazer na segunda-feira (22) a viagem inaugural do primeiro trem que vai operar na Linha 4 do Metrô, ligando a Barra da Tijuca, na Zona Oeste, a Ipanema, na Zona Sul carioca, anunciou que a chegada do equipamento escavador gigante a Ipanema vai ser antecipada em quase um mês. “Eu acho que em julho a gente chega à Estação Jardim de Alah. Uma obra importantíssima, e eu estou muito empenhado em continuarmos com as obras de mobilidade. De levar o Metrô para o Recreio dos Bandeirantes, de levar o Metrô da Gávea à Carioca, da Estação Carioca para a Praça XV.”
A estimativa da Prefeitura do Rio é de que a Linha 4 do Metrô, o VLT e os BRTs Transolímpica e Transoeste estejam em operação durante o período da competição.
O grande impasse na preparação ambiental para os Jogos Olímpicos 2016 é a despoluição da Baía de Guanabara, que será palco das provas de vela. Na semana passada, uma audiência pública das Comissões do Esporte e de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, na Câmara Federal, discutiu a despoluição da Baía de Guanabara para as Olimpíadas. No encontro, o Presidente da APO – Autoridade Pública Olímpica, Marcelo Pedroso, disse que, apesar de falhas nas iniciativas de despoluição da Baía de Guanabara, ainda vai ser possível realizar ali as provas de vela.
Marcelo Pedroso informou que o campo de prova já foi testado e vai passar por nova simulação em agosto. Segundo ele, o principal desafio é a obra na galeria de esgoto na raia da Marina da Glória, prevista para ser entregue em dezembro; nas outras áreas, conforme o dirigente, o índice de qualidade da água é adequado. Outra iniciativa que será feita é a remoção do lixo flutuante. “É natural a cobrança”, disse Marcelo Pedroso. “Estamos falando do futuro da cidade, do futuro de nossos filhos, mas a gente consegue perceber que há um conjunto de medidas que vai permitir a despoluição. Temos de entender que a competição não é o fim, mas uma etapa importante para a despoluição da baía.”
Também presente na audiência, o biólogo Mário Moscatelli discordou totalmente das garantias de Marcelo Pedroso. Moscatelli apontou o fracasso da gestão do plano de despoluição das águas da Baía de Guanabara como foi prometido. “Há seis anos, prometeram à sociedade carioca que nos seria deixada uma série de importantes legados ambientais para a Baía de Guanabara. Eu não sei o que as autoridades brasileiras fizeram nesses últimos seis anos, mas efetivamente a Baía de Guanabara continua a mesma latrina que tem sido observada nos últimos 20 anos.”