Em conversa com jornalistas após o encontro, o Ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia de Portugal, Jorge Moreira da Silva, afirmou que, no atual contexto do mercado energético mundial, a CPLP possui um potencial extraordinário, que lhe permitirá se tornar, dentro de dez anos, o quarto maior produtor de petróleo e gás do planeta.
Segundo Silva, a tal rede dos países lusófonos consistiria em uma plataforma de cooperação institucional entre as organizações dos Estados-membros responsáveis pelas políticas energéticas. Essas instituições trocariam conhecimentos, tecnologias e experiências com o objetivo de melhorar a capacidade de gestão e o rendimento em todos os países da comunidade.
Destacando os problemas ligados à segurança energética na Europa, ainda dependente do gás russo, o ministro português afirmou que, com a busca de fornecedores adicionais para a União Europeia, os países de Língua Portuguesa terão ótimas oportunidades nos próximos anos, uma vez que, na última década, foram descobertas nesses países 50% das novas reservas mundiais de petróleo e gás. No entanto, de acordo com ele, é preciso levar em consideração também as metas internacionais de emissão dos gases com efeito estufa, o que implica diretamente na procura por outras fontes de energia. E, nesse sentido, os Estados da CPLP também estão entre os países onde há um potencial mais elevado de energias renováveis por explorar.