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Ultradireita venezuelana patrocina o caos no Equador, diz Cabello

© REUTERS / Guillermo GranjaProtestos em Quito contra os projetos apresentados pelo presidente Rafael Correa para taxar heranças e lucros, em 10 de junho de 2015
Protestos em Quito contra os projetos apresentados pelo presidente Rafael Correa para taxar heranças e lucros, em 10 de junho de 2015 - Sputnik Brasil
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Armando Briquet, do partido de oposição venezuelano Primero Justicia (PJ), levou pessoas a Quito, capital do Equador, para apoiar os protestos da oposição local, segundo denunciou na quarta-feira (24) o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Diosdado Cabello.

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A acusação foi feita durante o programa Con el Mazo Dando, transmitido pelo canal estatal Venezolana de Televisión (VTV). Segundo Cabello, Briquet – conselheiro político de um membro do partido de extrema-direita PJ – participou da organização dos protestos de oposição equatorianos que tentam derrubar o governo legítimo de Rafael Correa e desestabilizar o país. 

Ainda de acordo com o líder parlamentar venezuelano, os representantes da ultradireita estão tentando criar nos países sul-americanos o caos que não conseguiram alcançar na Venezuela. Armando Briquet, particularmente, teria sido visto no Equador, na Bolívia e em outros países, segundo Cabello. 

No último sábado (20), o presidente do Equador, Rafael Correa, disse que “reacionários venezuelanos” haviam sido infiltrados em seu país como parte de uma “conspiração em marcha com apoio internacional” forjada pela oposição contra o seu governo, bem como contra o de Nicolás Maduro, na Venezuela. 

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Na ocasião, de acordo com a TeleSUR, Correa exibiu 429 vídeos gravados no interior de ônibus públicos, nos quais aparecem homens criticando o governo venezuelano e exortando os equatorianos a sair às ruas para “não se transformarem na Venezuela”.

Correa acrescentou ainda que a população deveria avisar as autoridades se algum desses “venezuelanos reacionários ressentidos” fosse visto, de modo que possa ser mandado para “fora do país, de volta a Miami”.

“Companheiro Rafael Correa, ele [Armando Briquet] é quem está levando gente da Venezuela para lá", declarou Cabello, na quarta-feira, em resposta ao mandatário equatoriano. 

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Correa afirma que a direita liderada por interesses internacionais conspira para “gerar medo e criar agitação social” no país, usando como desculpa os projetos governamentais de impostos sobre herança e rendimentos de capital. 

Mais de 98 por cento dos equatorianos não pagariam imposto sobre herança, segundo o governo, enquanto os tributos poderiam atingir até 75 por cento dos lucros. Na semana passada, após dias de protestos violentos, Correa desistiu temporariamente de apresentar os dois projetos de lei, pedindo “um grande debate nacional sobre estas leis e, de modo geral, sobre que tipo de país desejamos”.

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Cabello, por outro lado, afirmou que sete dirigentes do partido Primero Justicia foram a Nova York a fim de receber instruções do oposicionista de direita venezuelano Juan José Rendón, com o objetivo de abalar a paz na Venezuela.

Entre eles, segundo o líder parlamentar, estavam Richard Mardo, Julio Borges, Tomas Guanipa, Alejadro Silva, Carlos Antimari, Henrique Capriles e Armando Briquet, que teriam viajado aos EUA a partir de diferentes rotas.

Cabello também acusou o grupo de fazer lobby para se reunir com o senador norte-americano Marco Rubio, candidato à presidência dos EUA em 2016. 

Nesta quinta-feira (25), um grupo de senadores brasileiros integrado pelo PT e outros partidos voltados à esquerda chegou a Caracas, recebido pelo embaixador Rui Pereira, para “conversar com todas as tendências”, segundo afirmou o senador Roberto Requião (PMDB-PR), citado pela agência Estadão. 

Questionado sobre a diferença da delegação em relação à malsucedida viagem realizada pelos parlamentares liderados pelo presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), e pelo senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), Requião respondeu: 

“Não somos Black Blocks para influir num processo eleitoral venezuelano. Nós viemos buscar informações”.

Na semana passada, a comitiva de parlamentares oposicionistas foi a Caracas e tentou visitar opositores locais que se encontram presos, em iniciativa muito criticada por setores anti-imperialistas e da esquerda em geral, tanto no Brasil quanto na Venezuela.

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