O delegado está preparando a sua próxima viagem internacional depois do fim da fase de audiências das partes em Haia, dedicada ao litígio territorial entre a Bolívia e o Chile.
Agora, o Tribunal Penal Internacional da Haia está analisando os depoimentos das duas partes. O processo, que pode durar até o final do ano, deve terminar com uma decisão sobre a propriedade da região de Antofagasta, atualmente Norte do Chile.
"Há países fundamentais como a Índia, a China, a Rússia, que devemos visitar e falar com os seus ministros das Relações Exteriores, continuando a explicar para eles a causa boliviana", disse o ex-presidente Mesa em uma entrevista à emissora Patria Nueva.
O delegado disse que o seu objetivo atual é viajar "intensamente" até que o caso for resolvido pelo tribunal.
A chancelera peruana, Ana María Sánchez, ressaltou que o seu país "apoia que a Bolívia não permaneça para sempre isolada".
O Peru é um país vizinho da Bolívia e do Chile, mas, segundo Mesa, o seu apoio não resolverá tudo. O ex-presidente cobra principalmente a mudança da posição atual do Chile, que não pretende ceder os seus territórios.
Carlos Mesa expressou a sua esperança principal dizendo que quer que "a solução do problema entre o Chile e a Bolívia se faça em um âmbito pacífico, que é o que a Bolívia está buscando".
Além dos países dos BRICS e Peru, o ex-presidente da Bolívia visitará também a Costa Rica, o Panamá e Cuba, com o mesmo objetivo.
A Bolívia perdeu a sua saída ao mar, na região de Antofagasta, ao Chile no final da Guerra do Pacífico, de acordo com o Pacto de Trégua entre Bolívia e Chile, em 1884. Há vários anos, o governo de Evo Morales começou uma ampla campanha pela volta dos territórios cedidos.