Segundo o especialista, fica cada vez mais óbvio que os “amigos” ocidentais de Poroshenko não pretendem proporcionar nenhuma ajuda significante à Ucrânia. Em vez disso, os países do Ocidente concentraram-se na punição da Rússia por meio de sanções e acusações em relação ao presidente russo Vladimir Putin, opina o especialista. Isto não traz benefícios à Ucrânia.
O professor lembra que o PIB da Ucrânia no primeiro trimestre de 2015 desceu por 17,6 por cento comparado com o ano passado, volume de produção industrial em maio 2015 foi 20 por cento inferior do nível de maio 2014, e o nível de inflação constitui 60 por cento. O país é de fato bancarrota, o risco de uma nova rebelião cresce, opina o especialista.
O Ocidente respondeu à este desenvolvimento da situação com o fortalecimento das sanções antirrussas. Segundo o ponto de vista de Hedlund, é um “jogo extremamente cínico” que resultara numa “sentença histórica” muito severa.
Ambos os fatores são fortemente ligados um com o outro – em particularidade, a consequência mais grave do conflito militar em Donbass é uma indefinição completa no que se toca ao futuro da Ucrânia. Enquanto isso, a ameaça constante de escalação do conflito espanta investidores o que prejudica a economia ucraniana.
Hedlund lembra as negociações de Kiev com os credores – se eles falharem, o que segundo ele é muito provável, o Fundo monetário Internacional irá se encontrar numa situação muito difícil e provavelmente terá de adiar a proporção de novos créditos prometidos.
O especialista sueco opina que ambos os fatores são estritamente ligados à Rússia. Ao mesmo tempo, ele opina que a Rússia podia mostrar mais flexibilidade com a Ucrânia, mas permanece a questão se a Rússia deve ser tão serviçal nas relações com a Ucrânia, escreve o professor.
Desde 9 de janeiro, a intensidade dos bombardeios na região aumentou, bem como o número de vítimas do conflito. Isto fez regressar ambas as partes às negociações. O novo acordo de paz, firmado em Minsk entre os líderes da Rússia, da Ucrânia, da França e da Alemanha inclui um cessar-fogo global no leste da Ucrânia, retirada das armas pesadas da linha de contato entre os dois lados, assim como uma reforma constitucional com a entrada em vigor até o final do ano de 2015 de uma nova Constituição, com a descentralização como elemento-chave.