"Apesar da retórica de Stoltenberg, para a liderança da OTAN é cada vez mais difícil convencer os aliados do bloco da "ameaça russa". Os membros da aliança, incluindo os países que estão geograficamente mais vulneráveis a uma hipotética "ameaça" de Moscou, não aumentam os gastos militares. E, além disso, em alguns casos reduzem os orçamentos", escreve o analista político.
"As despesas militares da Alemanha no ano passado diminuíram em 1,3% e Berlim reagiu sem entusiasmo aos planos para sediar um contingente de 40 mil soldados de reação rápida perto das fronteiras russas. Será que eles ainda se lembram da história?".
O analista nota que mesmo a Lituânia, cuja liderança divulga regularmente informações sobre a potencial "invasão russa", não consegue atrair jovens para as suas forças armadas. Vilnius foi forçado a retornar ao serviço militar obrigatório, a fim de aumentar o número de seu pequeno exército.
Apesar da campanha na mídia contra a Rússia por parte da liderança dos Estados Unidos e os líderes da OTAN, a Europa entende que existe uma profunda diferença entre o exagero da "ameaça" e o perigo real para a segurança europeia, conclui o analista.