30 de junho é a data prevista para a reunião grande dos chanceleres do sexteto e do Irã, que provavelmente será moderada pela chefe da diplomacia da europeia, Federica Mogherini.
A situação em torno do documento continua muito dramática, porque mesmo que o acordo não for assinado hoje, os resultados da reunião dos ministros em Viena tornará claro se as partes poderão ou não poderão chegar ao acordo.
No momento, ainda não há compreensão entre o Irã e sexteto (Alemanha, China, Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia) relativamente ao processo do levantamento das sanções do Irã e os procedimentos de controle da AIEA, bem como sobre os mecanismos de controle sobre a realização do acordo.
É claro que o acordo final com o Irã não prevê anular toda a infraestrutura nuclear iraniana. Isso é impossível juridicamente porque o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares e documentos da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) permitem a qualquer país desenvolver tecnologia nuclear, mas só com a condição de fazer isso sob firme controle da AIEA.
Neste contesto, o acordo de Lausanne traça a via ideal de sair da crise nuclear iraniana. Este documento é o resultado de 16 meses de negociações, o que é um período bastante curto em termos diplomáticos. Até abril de 2015, as partes conseguiram chegar ao consenso sobre quase todo o leque das questões que deveriam servir como base para o acordo totl abrangente – que teria 80 páginas, segundo várias fontes.
O processo das negociações sobre o programa nuclear iraniano intensificou-se, dez anos depois, com a chegada ao poder em 2013 de Hassan Rohani, um político muito interessado no levantamento das sanções contra o Irã que tinham prejudicado muito a economia do país.