De acordo com o enviado russo, a eventual adesão à OTAN por parte de Montenegro ameaça tanto a segurança da Europa quanto os laços do país com a Rússia.
"Este é um passo completamente negativo tanto para a segurança europeia quanto para as nossas relações com o Montenegro, porque é óbvio que é um país próximo, histórica e espiritualmente, que está entrando em uma organização que, para dizer o mínimo, é hostil em relação à Rússia", disse Grushko.
O diplomata comentou ainda que as políticas do OTAN sobre a Ucrânia são destrutivas e servem apenas àqueles que querem uma solução militar para o conflito.
"Pode-se e deve-se falar sobre o fato de que a linha da OTAN é essencialmente destrutiva, e que acima de tudo entrega o jogo nas mãos de quem deseja resolver a crise através de meios militares", declarou Grushko.
O anúncio de que a entrada de Montenegro poderia ser acelerada foi feito oficialmente pelo secretário-geral da OTAN na quinta-feira (25), durante entrevista coletiva em que se soube que a decisão sobre o assunto será tomada em um encontro de chanceleres do bloco, em dezembro.
A Organização do Tratado do Atlântico Norte tem se expandido para o leste desde o fim da era soviética. Quase todos os antigos membros da agora extinta Organização do Tratado de Varsóvia, bem como as três repúblicas bálticas da antiga União Soviética, aderiram à OTAN entre 1999 e 2009.