Tendo em conta este fato, a organização planeja enviar às autoridades internacionais a queixa sobre a falta de Madri de informar Lisboa sobre possíveis impactos ambientais que a usina apresenta.
O especialista russo do Instituto da Energia e Finanças, Sergei Kondratiev, comentou a situação à Sputnik:
"A possibilidade de vazamento [na usina espanhola] é muito pequena, mas as usinas nucleares da Espanha e de outros países da Europa devem eliminar tais situações para excluir por completo a possibilidade de repetição de catástrofes".
Ele disse que o nível da segurança na área da energia nuclear na União Europeia é bastante alto, mas sublinhou, que "incidentes acontecem, muitas vezes bastante sérias, inclusive ligadas com vazamento de substâncias radioativas, porque a Espanha e a UE tem usinas nucleares bastante velhas, que precisam de muitos investimentos para a modernização com o objetivo de continuar mantendo padrões da segurança".
Ele especialmente sublinhou as possíveis consequências do vazamento radioativo para os dois países:
"O acidente na usina nuclear pode ter consequências graves para ambas as economias, portuguesa e espanhola."
A Sputnik não conseguiu receber o comentário do Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia de Portugal devido a problemas técnicos de conexão.
Cabe mencionar que em 2008 a usina nuclear espanhola em Ascó tornou-se infame quando foi tornado público que em 2007 nela aconteceu um vazamento radioativo.
Na altura, a Greenpeace declarava que os níveis de radioatividade em Ascó foram significativos, excederam limites legais e protestou contra a demora em detectar a contaminação do vazamento e tornar a informação pública.