Os tanques de guerra retornaram à cena décadas após serem esquecidos depois da Guerra Fria, quando a maioria dos Estados preferiram investir nos veículos armados mais ligeiros como, por exemplo, caminhões protegidos contra emboscadas e resistentes a minas (MRAP na sigla em inglês) produzidos nos EUA.
#US #Army & Air Force to develop #RADBO #laser mounted on MRAP vehicle for mine clearance Read http://t.co/ena3NDvx9F pic.twitter.com/ohtISL78po
— Army Recognition (@ArmyRecognition) 27 июня 2015
O tanque Armata T-14 foi apresentado na parada da Vitória em 9 de maio, realizada no centro de Moscou.
A publicação norte-americana escreveu que com a apresentação do tanque russo, a situação no mundo mudou e os norte-americanos e europeus tornaram-se mais tensos e rapidamente anunciaram os seus planos de investir mais no desenvolvimento dos tanques.
Depois da Guerra Fria, o mundo começou a esquecer estes veículos grandes pouco a pouco porque todos pensavam que a época deles nos campos de batalha havia terminado.
A publicação divulgou que três semanas após a Rússia ter apresentado o Armata T-14, a Alemanha anunciou planos de modernizar os seus tanques de guerra Leopard 2.
Siemon Wezeman, o pesquisador-sênior do Programa de Despesas Militares do Instituto Internacional de Investigação sobre a Paz de Estocolmo (SUPRI) de Estocolmo, declarou:
"Na Europa, na situação de tensões com a Rússia, aumenta o medo de que para lidar com isso são necessários veículos blindados modernos, e os alemães estão reagindo a isso com os seus tanques Leopard 2, e não podem chegar lá com veículos blindados ligeiros, helicópteros ligeiros. Precisam de coisas grandes, pesadas e bem-protegidas".
Os Estados Unidos também não ficarão fora do assunto. O novo tanque sucessor de M1 Abrams será criado em futuro próximo, porque o Exército norte-americano no momento "não tem equipamento com potencial para combater o inimigo fortemente armado", sublinhou Wezeman.
O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, comentou que, embora os planos de construir mais tanques não sejam o início de uma nova corrida armamentista, é "tempo para que todos possam atualizar seus veículos militares para corresponder às novas ameaças".
E tudo isso "magicamente coincide com a estreia do Armata T-14 russo", concluiu ironicamente a publicação Vice News.