“Nós informamos a nossa Comissão Executiva que, neste momento, os pagamentos da Grécia estão em atraso e o país só poderá receber financiamento do FMI quando os atrasos de pagamento forem eliminados”, disse Gerry Rice, diretor de comunicações no FMI num comunicado publicado nesta quarta-feira (1).
Enquanto o FMI fala com a Grécia em linguagem de ultimatos, num outro comunicado o Fundo Monetário Internacional apela à Ucrânia e aos seus credores para continuarem as negociações sobre a dívida ucraniana, embora a economia da Ucrânia, sacudida pelo conflito em Donbass, esteja numa situação pior do que a economia grega.
“O Fundo apela à Ucrânia e aos seus credores para continuarem os esforços a fim de alcançar um acordo que corresponda aos objetivos de financiamento no quadro do programa de reformas econômicas das autoridades ucranianas apoiado pelo FMI”, diz-se no comunicado emitido após uma reunião entre os credores internacionais e as autoridades ucranianas na sede do FMI em Washington.
Em meados de junho, a Ucrânia pediu aos credores um perdão de 40% e aceitou novos eurobonds, ligados ao futuro desempenho econômico e sob um plano de pagamento.
Na sexta-feira, o ministro das Finanças da Ucrânia, Natalia Yaresko, disse que o grupo de credores tinha recusado contribuir para a recuperação da Ucrânia.
A dívida pública total da Ucrânia é de 70 bilhões de dólares, dos quais 40 bilhões constituem a dívida internacional.