Em conversa com jornalistas, o porta-voz do serviço especial de investigação do país, Mikael Aharonyan, disse que o inquérito terá como foco as suspeitas de abuso de poder, violência policial e obstrução da imprensa. E, se for comprovada a existência de crimes, os responsáveis poderão receber penas de até seis anos de prisão.
Os protestos na capital da Armênia, no final do mês passado, tiveram início após a Comissão Estatal de Regulação de Serviços Públicos anunciar um reajuste de 16% nas tarifas de eletricidade no país a partir do primeiro dia de agosto. As manifestações, que se estenderam por alguns dias, ganharam contornos violentos, levantando suspeitas sobre a possível participação de sabotadores entre os manifestantes. Centenas de pessoas foram detidas.
Após algumas tentativas de negociação e um pedido do presidente Serj Sargsyan, a maior parte dos manifestantes decidiu pôr fim ao ato na última terça-feira, prometendo criar um grupo de peritos para elaborar um plano de exigências e avançar com propostas concretas.