"A questão real é seguinte: queremos continuar vivendo em democracias ou concordamos em viver em algo que mais parece a ser um culto?", perguntou a política em uma entrevista com a mídia francesa, acrescentando que Bruxelas exerceu "uma pressão sem precedentes sobre os gregos".
O resultado do referendo grego é uma resposta a esta pergunta, de acordo com Le Pen.
Le Pen elogiou os resultados do referendo grego, chamando os de "vitória contra a oligarquia da União Europeia". No domingo, mais de 60 por cento dos eleitores gregos expressaram seu apoio ao governo de Alexis Tsipras e rejeitaram os termos de um acordo de resgate oferecido pelos credores internacionais.
"Este é um voto da liberdade de rebelião contra ditadores europeus, daqueles que querem impor a moeda única a qualquer preço, através da austeridade e de outras medidas contraproducentes", disse Le Pen.
De acordo com o líder da Frente Nacional, o voto "Não" deve abrir o caminho para uma nova abordagem à moeda única europeia, às medidas de austeridade e à recuperação econômica. Ela reiterou que pôr fim à zona euro seria um passo essencial para enfrentar os problemas econômicos que afligem os países europeus.
"Os países europeus devem aproveitar este evento para se reunir em torno da mesa de negociações, fazer um balanço do fracasso do euro e da austeridade e organizar a dissolução do sistema de moeda única, que é necessário para voltar ao crescimento real, emprego e redução da dívida", apontou a política.