No domingo, a maioria dos gregos votou "Não" ao acordo de resgate que prevê um conjunto de medidas de austeridade, incluindo cortes nas pensões e aumento de impostos, em troca de um novo pacote de ajuda financeira.
O referendo foi realizado após a Grécia e os seus principais credores internacionais — o Banco Central Europeu, o Fundo Monetário Internacional e os países da zona do euro — não terem conseguido chegar a um acordo de resgate.
A reunião de terça-feira foi proposta pela chanceler alemã Angela Merkel e o presidente francês François Hollande. Ambos os líderes concordam que o resultado do referendo grego deve ser respeitado.
Antes da reunião, o Eurogrupo também irá realizar um encontro para discutir a questão da dívida grega.
O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, disse que a próxima reunião da zona do euro e o encontro do Eurogrupo devem conduzir a uma solução definitiva sobre a crise da dívida grega.
Também na segunda-feira, o ministro das Finanças grego Yanis Varoufakis anunciou sua renúncia. Ele disse que foi motivado por um desejo de ajudar o primeiro-ministro Alexis Tsipras a chegar a um acordo com os credores. Varoufakis explicou que tinha consciência de que alguns participantes do Eurogrupo prefeririam que ele estivesse ausente das conversações.
Niels Annen, um porta-voz para a política externa do Partido Social Democrata no Parlamento alemão, disse que a renúncia de Varoufakis poderia significar que Atenas está aberta a novas propostas.
Enquanto a Grécia está resolvendo os seus problemas, cidadãos dos outros países europeus expressam apoio e solidaridade com o povo grego.
Há poucos dias, depois do referendo na Grécia, a agência de notícias italiana Ansa realizou uma pesquisa chamada:
"Se você fosse grego, como votaria?"
De acordo com a pesquisa da Ansa 73% dos inquiridos votaram "Não". Mais de 5.000 pessoas participaram na votação. Assim, 7 em cada 10 leitores do site da ANSA expressaram solidariedade com a decisão dos gregos, que em 5 de julho rejeitaram a proposta da Comissão Europeia: 61,3% disseram "Não", 38,7% — "Sim."
Em entrevista à Sputnik Italia, o senador do partido SEL Loredana De Petris disse que "nesta situação, a Itália precisa de proteger seus próprios interesses, e, portanto, apoiar o plano de Tsipras de reestruturação da dívida, uma vez que isto é também muito bom para a Itália. Infelizmente, o primeiro-ministro Matteo Renzi decidiu aceitar o plano de credores, seguindo a posição da Alemanha".