Acusado pela oposição de apoiar os credores internacionais para pressionar Atenas, o premier português garantiu que ninguém está chantageando a Grécia.
"O que a Europa está a fazer à Grécia não foi feito a país nenhum. O que a Europa emprestou à Grécia não emprestou a ninguém. As dívidas que se acumularam nos bancos gregos eram dos gregos”, declarou ele, citado pela imprensa portuguesa.
Segundo Passos Coelho, quando o governo grego pediu um terceiro programa de ajuda externa nesta quarta-feira, todos os representantes da zona euro se mostraram dispostos a ajudar. Mas, claro, desde que algumas medidas sejam adotadas em contrapartida.
"Em todas as nações europeias há democracias, fazem sacrifícios. E não sem condições. Isso não existe na Grécia nem em lado nenhum”, destacou.
Após implementar, em 2011, um programa de austeridade sem precedentes, em troca de um empréstimo internacional de 78 bilhões de euros, Lisboa não vê com bons olhos a possibilidade de os mesmos credores oferecerem um tratamento preferencial a Atenas. Principalmente pelo fato de o empréstimo e as medidas a ele ligadas não terem produzido os resultados esperados em Portugal, deixando o país mais endividado e, de acordo com a oposição, com mais desemprego, mais injustiça e mais pobre.