Muitos cristãos, porém, usaram as redes sociais para manifestar repúdio ao ato de Morales. O bispo espanhol José Ignacio Munilla disse no Twitter que o "cúmulo da soberba é manipular Deus a serviço de ideologias alheias". O presidente boliviano também foi criticado pela oposição do país, que afirmou que o chefe de Estado se aproveitou da situação para expôr sua posição ideológica.
Depois do encontro com Evo Morales, o Papa Francisco foi ao local do assassinato do padre Luis Espinal. Ele morreu em 21 de março de 1980 executado por um grupo paramilitar. O Pontífice o definiu como um "irmão nosso, vítima dos interesses que não queriam que se lutasse peal liberdade".
"Ele (Padre Espinal) pregava o Evangelho, o Evangelho que nos leva à liberdade e que nos faz livres. O Evangelho perturbava e por isso assassinaram-no", disse o Papa.
Luis Lucho Espinal nas em 1932, em San Fructuoso de Bages, na Espanha. Aos 30 anos foi ordenado sacerdote e, em 1968, rumou para a Bolívia como missionário da Ordem dos Jesuítas, a mesma do Papa Francisco. Lutou pela democracia e pelas causas sociais no país sul-americano, sendo por isso sequestrado, torturado e morto a tiros.