A medida, segundo os diplomatas cubanos e noruegueses que mediam as negociações, realizadas em Cuba, marca uma mudança importante nas conversas de paz, abaladas nos últimos meses pelo aumento da violência de ambas as partes.
"O governo nacional, a partir de 20 de julho, lançará um processo de desescalada da ação militar, em resposta à suspensão das ações ofensivas das FARC", diz o comunicado conjunto divulgado neste domingo, quatro dias depois de representantes das FARC anunciarem um cessar-fogo unilateral de um mês, com início no dia 20.
Em dezembro, a guerrilha colombiana já havia adotado unilateralmente uma trégua, levando a uma relativa calma nas zonas de conflito. Mas, em meados de maio, alegando que o exército colombiano estava intensificando os ataques, os rebeldes decidiram retomar os combates, resultando em numerosas mortes e levantando dúvidas sobre a possibilidade de um processo de paz bem-sucedido.
Segundo dados oficiais, em 50 anos de conflitos na Colômbia, mais de 220 mil pessoas foram mortas e cerca de seis milhões foram deslocadas internamente.