A Índia vai incluir o Japão nos seus próximos exercícios navais Malabar, que acontecerão na baía de Bengala em outubro, relata o The Times of India. Em 2007 a China tinha apresentado um forte protesto contra as manobras Malabar, quando estas foram ampliadas para incluir as Marinhas do Japão, Austrália e Singapura. A China encarou os exercícios multilaterais como um passo para a construção de um eixo destinado a "conter” Pequim na região da Ásia-Pacífico.
“Por exemplo, se o Japão deslocar suas tropas para muitos pontos fora do país, se ele participar regularmente de operações militares estrangeiras, que significado (defensivo ou ofensivo) terão essas ações para a China?”, pergunta ele.
Segundo o especialista, agora o Japão e a Índia tomam medidas concretas para reforçar a cooperação militar e as próximas manobras Malabar deverão mostrar esse fato.
“Isso não é surpreendente: hoje todos os Estados reforçam a cooperação militar no âmbito das relações bilaterais, e os exercícios conjuntos podem não ser dirigidos contra algo concreto. Habitualmente, durante o treinamento, as pessoas se conhecem melhor umas às outras. Acho que os exercícios indo-japoneses são um começo: se os dois países reforçarem a compreensão em várias áreas, eles vão fortalecer a esfera militar”, disse o especialista.
A Índia, os EUA e o Japão estão preocupados com o crescimento de capacidades militares da China na região da Ásia-Pacífico. Mas, enquanto Nova Deli está em silêncio sobre o assunto, Washington e Tóquio opõem-se abertamente ao comportamento da China nos mares da China Oriental e do Sul da China.