“O Mistral é um grande navio de assalto comum. Sempre fomos especializados no desenvolvimento de sistemas radiomarítimos de guerra eletrônica. Em qualquer caso, nós planejamos ajustar os dois navios Mistral com os nossos equipamentos eletrônicos”, disse à RIA Novosti o vice-presidente da Kret, Vladimir Mikheev.
A empresa produz sistemas defensivos de guerra eletrônica para todos os tipos de navios utilizados pela Marinha russa, afirmou Mikheev. Por isso, segundo ele, está pronta para desenvolver equipamentos de ponta para os futuros porta-helicópteros do país.
A Rússia tem toda a tecnologia necessária para construir um navio de assalto de última geração por conta própria. Em junho, o Ministério da Defesa revelou o projeto de um nova embarcação deste tipo para ser fabricada no país: o Priboy. Além disso, o Centro de Pesquisa do Estado da Rússia Krylov revelou o design de um outro porta-helicóptero, apelidado de Lavina (Avalanche).
Sob o acordo de US $ 1,3 bilhões a Rússia e a França assinaram em 2011, Paris era para entregar o Vladivostok, em novembro de 2014, e o Sevastopol, no início de 2015. Nenhum dos navios chegaram à Rússia, uma vez que as entregas foram suspensas sobre o alegado envolvimento de Moscou na guerra civil ucraniana. O Kremlin negou repetidamente estas afirmações infundadas.
Na semana passada, surgiram relatos de que um acordo final sobre a indenização francesa à Rússia para a cessação da entrega dos navios Mistral estava pronto para ser assinado. Moscou insistiu em, aproximadamente, US$ 1,3 bilhões em compensação, enquanto Paris disse que estava pronto para pagar mais de US$ 1,1 bilhão.