Ao longo de 6 anos, desde 2012, Poitras foi sujeita a inspeções e revistas adicionais nos aeroportos, cada vez que viajava de avião, não importa se eram voos internacionais ou domésticos.
Na sua demanda, protocolada no início da semana em curso (em 13 de julho), ela lista vários dos casos em que foi revistada com regime de segurança aumentado, com detenção de várias horas após a chegada.
"Entre julho de 2006 e abril de 2012, a Autora [da demanda] fazia viagens frequentes trabalhando sobre os seus filmes documentários e era sujeita à triagem secundária seletiva de segurança [termo que significa seleção de um determinado passageiro para revista adicional], detida e interrogada na fronteira dos Estados Unidos em cada voo internacional que ela fazia para os Estados Unidos. Ela era também sujeita adicionalmente a esse mesmo sistema ao abandonar os Estados Unidos, estando fora dos Estados Unidos durante uma viagem internacional, e estando no território dos Estados Unidos durante voos meramente domésticos", reza a demanda, acessível na Internet.
A cineasta quer que o Departamento da Justiça, da Segurança Doméstica e a Direção da Segurança Nacional publique as informações relativas a estas detenções e interrogatórios, que ela considera ilegais.
Laura Poitras é autora de vários documentários, inclusive o Citizenfour, filme sobre Edward Snowden, que está nos cinemas desde 2014 e até agora conquista as bilheteiras.
Além disso, ela é uma das fundadoras do site The Intercept, que tem divulgado diversos dados sobre a espionagem da Agência Nacional de Segurança (NSA), órgão de inteligência dos EUA para o qual Edward Snowden trabalhava antes de divulgar informações sobre o programa PRISM.