O parlamento húngaro aprovou uma lei no dia 6 de julho abrindo o caminho para a construção de um muro de cerca de quatro metros de altura ao longo dos 177 km da sua fronteira sul com a Sérvia para deter os refugiados e requerentes de asilo que querem entrar na União Europeia.
Segundo a revista local HVG, a construção do muro começou na segunda-feira de manhã em uma floresta a 3 milhas a sul da cidade húngara de Morahalom.
O primeiro-ministro húngaro Viktor Orban anunciou o plano para proteger com um muro a fronteira sul depois de estatísticas oficiais terem revelado que mais de 60.000 imigrantes sem documentos tinham entrado Hungria desde o início de 2015.
A União Europeia, que está abordando a questão dos imigrantes que viajam para a Europa através do Mediterrâneo do norte da África e do Oriente Médio, criticou a decisão.
Na própria Sérvia a medida também foi criticada
"O muro que está sendo construído pela Hungria não vai ajudar a resolver o problema dos imigrantes", disse hoje o ministro do Trabalho da Sérvia, Aleksandar Vulin.
Segundo ele, por um lado, o muro vai ajudar a reduzir o fluxo de refugiados, mas rapidamente surgirão novos "canais" na Hungria, Croácia e Bulgária.
"Tenho medo de que o muro faça aumentar o preço do transporte ilegal de imigrantes para a União Europeia e permita aos contrabandistas a ganhar ainda mais. As pessoas que vinham vão se sentir ainda menos seguros", disse ele.
Vulin afirmou que a Sérvia não pode influenciar seus vizinhos, mas considera que a decisão húngara é errada.
"A Hungria envia um sinal errado para o mundo, para a Europa e para os imigrantes", concluiu Vulin.