Hungria começa a construir muro na fronteira com a Sérvia

© AP Photo / Edvard MolnarMigrantes. Na maior parte da Síria, andam em grupos em direção a Hungria em Kanjiza, no norte da Sérvia, perto da fronteira com a Hungria.
Migrantes. Na maior parte da Síria, andam em grupos em direção a Hungria em Kanjiza, no norte da Sérvia, perto da fronteira com a Hungria. - Sputnik Brasil
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O exército húngaro começou a construção de um muro ao longo da fronteira entre a Hungria e a Sérvia, informou a mídia local.

O parlamento húngaro aprovou uma lei no dia 6 de julho abrindo o caminho para a construção de um muro de cerca de quatro metros de altura ao longo dos 177 km da sua fronteira sul com a Sérvia para deter os refugiados e requerentes de asilo que querem entrar na União Europeia.  

Segundo a revista local HVG, a construção do muro começou na segunda-feira de manhã em uma floresta a 3 milhas a sul da cidade húngara de Morahalom.

O primeiro-ministro húngaro Viktor Orban anunciou o plano para proteger com um muro a fronteira sul depois de estatísticas oficiais terem revelado que mais de 60.000 imigrantes sem documentos tinham entrado Hungria desde o início de 2015. 

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A União Europeia, que está abordando a questão dos imigrantes que viajam para a Europa através do Mediterrâneo do norte da África e do Oriente Médio, criticou a decisão. 

Na própria Sérvia a medida também foi criticada

"O muro que está sendo construído pela Hungria não vai ajudar a resolver o problema dos imigrantes", disse hoje o ministro do Trabalho da Sérvia, Aleksandar Vulin.

Segundo ele, por um lado, o muro vai ajudar a reduzir o fluxo de refugiados, mas rapidamente surgirão novos "canais" na Hungria, Croácia e Bulgária.

"Tenho medo de que o muro faça aumentar o preço do transporte ilegal de imigrantes para a União Europeia e permita aos contrabandistas a ganhar ainda mais. As pessoas que vinham vão se sentir ainda menos seguros", disse ele.

Vulin afirmou que a Sérvia não pode influenciar seus vizinhos, mas considera que a decisão húngara é errada.

"A Hungria envia um sinal errado para o mundo, para a Europa e para os imigrantes", concluiu Vulin.

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