Nesta terça-feira, o ministro ucraniano do Desenvolvimento Regional, Roman Tschuprinenko, disse que o contrato para a liberação da ajuda financeira deve ser assinado no próximo dia 23, e terá como foco a reconstrução das infraestruturas municipais, afetadas pelos conflitos e pela crise política e econômica que se arrasta no país há mais de um ano.
"Os fundos poderão ser utilizados para drenagem, fornecimento de água, aquecimento, iluminação pública" e instalação de sistemas de eficiência energética em diversos prédios do governo, informou o ministro.
Entretanto, destaca o DWN, não há informações até o momento sobre como esses fundos serão controlados. E, levando-se em consideração os problemas da União Europeia para monitorar os subsídios dados aos seus próprios Estados-membros é difícil acreditar que o dinheiro será gasto segundo o combinado. De acordo com a publicação alemã, o bloco europeu demonstrou grandes dificuldades recentemente para dar conta das quantias enviadas por Bruxelas a países como Bulgária e Romênia, onde acabaram contribuindo para o fortalecimento do crime organizado. Na Ucrânia, onde o problema da corrupção é ainda mais grave, a probabilidade de os recursos serem desviados para outros fins também é muito grande, afirma o DWN.
Segundo o Índice de Percepção da Corrupção da organização não governamental Transparency International, a Ucrânia é um dos países mais corruptos do mundo, ocupando a posição de número 142 entre 174 países analisados (quanto mais corrupto, mais abaixo no ranking). Romênia e Bulgária estão na 69ª colocação, empatados com Brasil, Grécia, Itália, Senegal e Suazilândia.