Em meados da década de 1970, a União Soviética estava ansiosamente buscando chegar a armamentos deste tipo para terra, mar e ar, como habitualmente conta os EUA e a Europa Ocidental sobre mísseis, satélites espiões e outros sistemas de alta tecnologia. Em 1982, o país construiu o primeiro protótipo em tamanho real de uma arma de energia para um veículo terrestre, sendo instalado em um chassi. Nascia, o primeiro tanque a laser.
“Criadores da arma-maravilhosa começaram a pensar sobre como chamar o projeto desenvolvimento para que ninguém adivinhasse sobre o que era. E, mais importante, por isso, também não houve menção de um laser”, observou o Rossiyskaya Gazeta de Moscou. Foi então batizado de dispositivo de mira automática e o instalaram no veículo 1K11, apelidando o tanque de estilete.
Muito mais impressionante, porém, era o 1K17, que ostentava um laser multicanal muito mais poderoso em um tanque T-80. Tinha uma dúzia de lentes individuais amplificando o feixe principal, como pilhas enormes que permitiam ao veículo disparar várias vezes em rápida sucessão, e ainda teria o dobro do alcance de uma arma normal de um tanque.
Os primeiros protótipos saíram da fábrica em 1992, mas o caos econômico na esteira do colapso da União Soviética forçou o governo a cancelar o programa. “Mas um alto funcionário do governo Yeltsin uma vez deixou escapar publicamente que estas plataformas estavam praticamente prontas”, relatou o jornal. “A tecnologia não foi perdida.”
“Há um punhado de áreas… onde, teoricamente, a engenharia da era soviética continua a ser competitiva no campo de batalha,” escreveu o analista do Escritório de Estudos Militares Estrangeiros do Exército do EUA, Major reformado Ray Finch, na edição de junho 2015, da OE Watch.