Apesar das sanções, setor energético russo segue prosperando

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As sanções impostas pelo Ocidente não impedem a Rússia de reforçar as suas posições no mercado energético, diz o especialista Ante Batovic na edição Global Risk Insights.

No ano passado, muitas empresas energéticas russas e seus diretores (incluindo os gigantes petrolíferos Roseneft, GazpromNeft e Novatek) foram alvo de sanções americanas e europeias. No entanto, apesar das sanções impostas ao setor energético do país, a Rússia continua a prosseguir uma robusta diplomacia energética.

Construção de gasoduto - Sputnik Brasil
Rússia e Grécia assinam memorando sobre Corrente Turca
Bativic destaca os acordos energéticos russo-chineses, que trarão lucros de bilhões de dólares. Entretanto, quanto ao mercado europeu, a Rússia encontrou uma alternativa ao gasoduto South Stream (Corrente do Sul), ou seja, a Corrente Turca. Além disso, em junho será firmado um acordo de US $2 bilhões com o governo grego para construir uma extensão do gasoduto Corrente Turca. Espera-se que o gasoduto entre em funcionamento em 2019.

Além disso, a Rússia desempenha um papel-chave no mercado de gás nos Balcãs. A Macedónia e a Sérvia já manifestaram interesse em participar no gasoduto Corrente Turca. Segundo o autor, entre as razões desse interesse há dificuldades econômicas e políticas, “a proximidade tradicional à Rússia” e problemas com a adesão à União Europeia.

“A presença do setor energético russo nos Balcãs através da aquisição de infraestruturas energéticas também gera desconforto no Ocidente. Isto é particularmente evidente na Sérvia, onde a Gazprom controla a maior parte do setor energético local através da companhia petrolífera sérvia NIS. Empresas russas também controlam mais de 70% do mercado petrolífero búlgaro, assim como praticamente todo o refino na Bósnia e Herzegovina”, afirma Ante Batovic.

Na África a Rússia também possui importantes investimentos: desde uma empresa conjunta russo-nigeriana para prospeção dos campos de gás do país até quatro usinas de energia nuclear com a ajuda da gigante nuclear russa Rosatom. Na América Latina, a Rússia continua a aumentar sua influência. Há pouco Moscou e Caracas concluíram um acordo de US $5 bilhões, com um subsequente empréstimo no mesmo valor, para ajudar a impulsionar a companhia nacional de petróleo da Venezuela, PDSVA. Em abril a empresa energética argentina estatal YPF e a Gazprom assinaram um memorando de cooperação para desenvolver uma jazida de xisto na Patagônia.

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