Navios antimísseis dos EUA terão resposta russa

CC BY 2.0 / Departamento de Defesa dos EUA / Porta-aviões da classe Nimitz USS Ronald Reagan durante exercícios navais no Pacífico
Porta-aviões da classe Nimitz USS Ronald Reagan durante exercícios navais no Pacífico - Sputnik Brasil
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A Rússia saberá responder à modernização dos navios de guerra que utilizarão o sistema de defesa antimísseis (DAM) dos Estados Unidos, afirmou nesta terça-feira Oleg Pishni, chefe de departamento do 4º Instituto de Investigações Científicas do Ministério da Defesa russo.

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"Certamente, este feito ameaça o componente naval das forças estratégicas russas (…) mas a Rússia saberá responder a essa ameaça", disse Pishni em entrevista coletiva.

Os EUA vão modernizar cerca de 50 navios de sua Marinha para futuramente integrá-los a seu escudo antimísseis para a Europa.

"Segundo os planos anunciados pelos americanos, seriam modernizados 48 ou 49 navios até o ano 2020", afirmou o militar.

Pishni completou: assim, o número de antimísseis modernos passará de 200 unidades.

"Diante dessa situação, a Rússia adotará medidas de caráter técnico adequadas", ressaltou o representante do Ministério da Defesa.

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"Acompanhamos de perto a criação do escudo antimísseis dos Estados Unidos. Acreditamos que com o tempo aparecerão mísseis da série SM-3 que serão uma ameaça para nosso país. Este ano, realizaram exercícios com o míssil SM-3 bloco 2A, o que já gera preocupação", ressaltou Pishni.

O Ministério da Defesa russo acredita que os Estados Unidos poderiam posicionar esses mísseis na Polônia e na Romênia em 2018.

A questão do escudo antimísseis foi um dos maiores pontos de discórdia nas relações entre Moscou e Washington nos últimos anos. A Rússia crê que os planos americanos significam um risco para a segurança nacional e exigem dos EUA garantias de que o escudo antimísseis não apontará para seu território.

Em 2014, os EUA e, depois, a OTAN suspenderam o diálogo sobre o escudo antimísseis com Moscou alegando uma suposta participação russa na crise ucraniana.

No dia em que Teerã e o grupo P5+1 chegaram a um acordo sobre o programa nuclear iraniano, o chanceler russo, Sergei Lavrov, disse esperar que os EUA abandonassem a ideia do escudo antimísseis na Europa, como prometido em 2009.

"Em um discurso em Praga, em abril de 2009, o presidente Barack Obama disse que se conseguisse uma solução para o programa nuclear iraniano, o objetivo de criar o escudo antimísseis deixaria de existir", lembrou Lavrov.

Washington, por sua vez, defende o escudo argumentando que hoje a ameaça são os mísseis balísticos de Teerã.

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