Delegação francesa busca diálogo na Crimeia, apesar de Hollande

© Sputnik / Vasily Batanov / Acessar o banco de imagensCidade de Sevastopol na Crimeia
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Nesta quarta-feira, um grupo de deputados franceses começa uma turnê pela Crimeia, pela primeira vez depois do referendo de março de 2014. A visita durará até domingo e servirá, segundo os organizadores, para o diálogo franco-russo, mesmo se o governo francês não o deseja.

Em uma entrevista à Sputnik, o deputado Thierry Mariani, vice-presidente do Grupo de Amizade França-Rússia da Assembleia Nacional, reiterou que a Rússia tem pleno direito à península da Crimeia:

“Não obstante as palavras de ordem políticas, não obstante as declarações, ninguém combate a história. E as realidades históricas são mais fortes do que as posturas políticas do momento. A Crimeia é russa, historicamente, culturalmente, demograficamente, mesmo se cada um sabe que ela já foi ucraniana” durante um período.

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Mariani encabeça uma delegação composta de uma dezena de parlamentares franceses, que abrangem um leque de filiação política. Para ele, é a primeira visita à península desde 2002, quando a visitou, ainda ucraniana, para participar da restauração do cemitério militar francês.

Desta vez, a delegação irá visitar as cidades de Simferopol, Yalta e Sevastopol, esta última, sede da Frota do Mar Negro da Rússia.

Mariani diz que a visita não foi vista com bons olhos pelo governo francês. Mas nem por isso está preocupado:

“As autoridades francesas têm sua posição oficial. Já a nossa posição reflete o ponto de vista de vários deputados e senadores franceses e também o de uma parte considerável da opinião pública”.

Ele explicou dizendo que a conjuntura do momento não pode substituir a verdade histórica:

“Você pode alegar qualquer texto, mas a história, a tradição, a cultura é mais forte do que qualquer texto, e apesar de tudo, todos compreendiam a necessidade do fato de que a Crimeia é russa, e que a comunidade internacional terá que reconhecer este fato”.

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