As principais exigências dos manifestantes incluem a chegada ao acordo com a Rússia sobre a abolição do embargo alimentício.
Reagindo às ações de protesto, os funcionários públicos franceses dizem que não podem influenciar diretamente o nível dos preços de compra. Porém, o ex-ministro da Agricultura, Bruno Le Maire, tem certeza que a expansão de mercados de venda podia corrigir a situação para os produtores franceses de carne e queijo, e a Rússia, segundo o ponto de vista dele, é um vantajoso parceiro comercial neste sentido, diz a RIA Novosti.
Le Maire opina que a atual situação é consequência do fato que “acontece uma luta por outras questões diplomáticas”.
Christiane Lambert, vice-presidente da Federação nacional de Sindicatos de Trabalhadores de Agricultura, comentou a situação à Sputnik:
“O embargo russo, imposto em 5 de agosto do ano passado, sem qualquer dúvida prejudicou fortemente a agricultura francesa, nomeadamente alguns setores, em primeiro lugar a suinocultura, fruticultura, produção de leite. O seu efeito colateral foi a perda de mercados”.
Ela opina que a agricultura ficou vítima do jogo político e exige para a confrontação política:
“A agricultura foi vítima de decisões políticas e por isso nós exigimos a tomada de medidas políticas gerais, e não só de medidas econômicas que tocam em agricultura”.
Em julho do ano passado, a UE e os Estados Unidos aplicaram sanções pontuais contra certos indivíduos e empresas da Rússia. Em seguida, foram implementadas medidas restritivas em relação a setores inteiros da economia russa. Em resposta, a Rússia restringiu a importação de produtos alimentares de países que impuseram as sanções. As relações entre a Rússia e o Ocidente deterioraram-se por conta da situação na Ucrânia.