A companhia transportadora DFDS na segunda-feira parou de fazer serviço entre Dover e Calais após marinheiros em greve terem disparado um foguete de sinalização contra uma de suas balsas. Isto como que avisava todos os passageiros que pretendam viajar entre o Reino Unido e a França a usar o porto francês alternativo de Dunquerque.
Enquanto isso, as estradas entre a Espanha a França e a Alemanha continuam a ser bloqueadas por agricultores franceses que protestam contra a queda nos preços dos produtos agrícolas. Os agricultores estão impedindo os produtos dos outros Estados — membros da UE de entrarem na França.
French farmers block trucks that transport food goods coming from foreign countries,French German border,#Strasbourg pic.twitter.com/cbJaHQWJUQ
— ✌☮#ThisIsACoup ☮✌ (@Chara_fc) 27 июля 2015
O Governo francês está sob enorme pressão para parar com os bloqueios que provocaram o caos rodoviário e ferroviário na Inglaterra e na França. Para piorar a situação, o grande número de imigrantes concentrados em Calais, na esperança de saltar para caminhões e trens e chegar à Grã-Bretanha, tornou-se um grande problema para os serviços de segurança.
Há uma crescente tensão entre Londres e Paris por causa deste caos e em torno de Calais. Muitos britânicos acreditam que os franceses estão deliberadamente fazendo pouco para impedir a interrupção dos trens e balsas.
O Tratado de Roma exige "a abolição, entre os estados-membros, dos obstáculos à livre circulação de pessoas, de serviços e de capitais» — no entanto, esta regra é frequentemente ignorada na França, quando os trabalhadores desejam tomar uma posição contra qualquer coisa.
A tradição francesa de bloquear estradas e portos para conseguirem o que querem em assuntos políticos ou industriais tem a sua longa história. As revoltas populares francesas e a prática de usar "barragens" para impedir o movimento de pessoas ou tráfego remontam à Revolução Francesa, durante a Comuna de Paris, e permanecem até hoje.