Bogdanov disse também à agência noticiosa russa RIA Novosti que os chanceleres da Rússia, os EUA e a Arábia Saudita podem vir a realizar consultas na Rússia em agosto ou setembro sobre a situação na Síria.
Síria
Segundo o representante especial, hoje as partes analisarão o tema do combate ao grupo terrorista Estado Islâmico e a implementação do acordo abrangente sobre o programa nuclear do Irã.
"Esperamos, claro, que esta ameaça comum para todos — para os sírios e para a região, originada pelas atividades agressivas dos terroristas — possa criar uma certa ‘massa crítica’, de maneira a que todos unam esforços para lutar contra o terrorismo internacional".
Por proposta da Rússia e tendo o país como mediador, no mês passado em Riad foi realizado um encontro entre o chefe da segurança síria, Ali Mamlouk, e o príncipe herdeiro saudita Mohamed bin Salman. Embora as divergências tivessem sido só discutidas e a reunião tivesse sido concluída sem alcançar qualquer resultado, o gelo foi quebrado.
Esta reunião tem um enorme valor histórico porque mais uma vez, por proposta russa, as partes em conflito se encontraram e começaram o trabalho para resolver os problemas.
Irã
O tema do acordo sobre o programa nuclear iraniano também deve ser discutido, de acordo com Bogdanov.
Lembramos que, em 14 de julho, Teerã e o sexteto formado por Rússia, EUA, Reino Unido, Alemanha, França e China alcançaram um acordo abrangente que prevê algumas restrições ao programa nuclear iraniano em troca da suspensão das sanções impostas pelo Ocidente.
O acordo tem o objetivo de assegurar que o Irã não tem armas nucleares e, segundo declarou a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, a partir de agora existe a certeza de que "o programa nuclear do Irã será exclusivamente pacífico".
Este fato não corresponde às repetidas declarações de Kerry de que os inspetores internacionais ganhariam acesso a todas as instalações nucleares iranianas e a toda a cadeia de distribuição do setor nuclear do país.