Logo depois da conversa, a Casa Branca divulgou um comunicado ressaltando os fortes laços que unem os EUA e o Japão.
O porta-voz do governo japonês, Yoshihide Suga, disse que Joe Biden, vice-presidente estadunidense, apresentou desculpas a Abe por "ter causado problemas". Contudo, o norte-americano não comentou nada sobre as alegadas escutas, que o Wikileaks delatou na sexta-feira passada.
Já na terça (4), Suga disse que a suposta espionagem, realizada pela Agência Nacional de Segurança (NSA) dos EUA, seria um fato "lamentável" se for confirmada.
Contudo, Shinzo Abe declarou que é preciso primeiro comprovar se tais fatos ocorreram de verdade, antes de reagir a informações não confirmadas oficialmente.
Comentaristas japoneses consultados pela Sputnik no final da semana passada condenaram a espionagem em relação a um funcionário de tão alto cargo, porém disseram acreditar que não é de esperar que as relações entre os dois países se deteriorem.
Na sexta-feira (31 de julho) o WikiLeaks divulgou uma série de documentos segundo os quais vários membros do governo japonês teriam sido alvos de espionagem por parte da NSA. O próprio primeiro-ministro, Shinzo Abe, não fazia parte desta lista, que inclui nomes como Yoichi Miyazawa, ministro do Comércio, e Haruhiko Kuroda, governador do Banco do Japão.
Nestes últimos meses, foram provados os fatos de espionagem em relação aos governos alemão e francês (inclusive a chanceler Angela Merkel e o presidente François Hollande) e ao Brasil (inclusive a presidente Dilma Rousseff e outros membros do governo e entidades econômicas).