A cidade egípcia de Ismailia terá desfile naval e aéreo nesta quinta-feira. Representantes de diferentes países, entre eles a Rússia e a França, estarão presentes na cerimônia de inauguração da segunda via do canal de Suez, de 72 km de comprimento.
A presença do primeiro-ministro russo, Dmitry Medvedev, e do presidente francês, François Hollande, já foi confirmada. Também o premiê da Grécia, Alexis Tsipras, o emir do Kuwait, Sabah al-Ahmad al-Jabir al-Sabah, o rei do Bahrein, Hamad bin Isa al-Khalifa, o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas e uma série de representantes de outros países árabes.
O presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, também presenciará o evento.
A cerimônia da inauguração do novo canal de Suez terá segurança reforçada, com 10 mil policiais.
“O novo canal de Suez e o fato de que foi construído em um ano só provam que os egípcios podem fazer tudo”.
“Hoje, o mundo terá que reconhecer que conseguimos isso, mas não podemos parar agora, temos que continuar para cumprir a principal meta da revolução, como a justiça social e igualdade na terra egípcia. A nova via aquática contribuirá para o desenvolvimento multidimensional da área e do Egito no geral”, frisou Sabahi.
Já de acordo com Mohab Mamish, diretor da empresa gestora do projeto, o canal já atrai investidores.
A segunda via do canal permite reduzir o tempo de passagem de navios de 18 horas para 10. A profundidade aumentada do canal facilita também a passagem de navios grandes. Graças a tudo isso, 98 navios poderão passar pelo canal cada dia, em vez de 47 atuais.
As obras do projeto começaram em 5 de agosto de 2014, ou seja, a construção durou 12 meses exatos.
Mamish explica que, em 2023, o ingresso que o canal dará ao Egito crescerá dos 5,3 bilhões de dólares atuais para 13,2 bilhões de dólares.
As autoridades do Egito planejam também construir seis túneis debaixo do canal e criar uma zona industrial situada às suas beiras.
O canal de Suez foi inaugurado pela primeira vez em 1869, na época do governo de Said Pasha, unindo os mares Vermelho e Mediterrâneo e fazendo, consequentemente, o Egito um ponto importantíssimo do comércio mundial.