Presidente israelense reprova política de Netanyahu quanto ao acordo nuclear com Irã

© AP Photo / Gali TibbonBenjamin Netanyahu
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O presidente israelense, Reuven Rivlin, na quinta-feira criticou a forma em que o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, estava lidando com a administração norte-americana sobre o acordo nuclear iraniano. O presidente estava alarmado que as ações de Netanyahu podem levar à isolação de Israel e consequentemente prejudicar o país.

As relações entre Netanyahu e o presidente norte-americano Barack Obama deterioraram durante as negociações sobre o acordo nuclear iraniano, assinado por Teerã e o sexteto (Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido, mais a Alemanha) seis potências mundiais, incluindo os Estados Unidos, em julho. O primeiro-ministro israelense tem sublinhado várias vezes que o acordo é "um erro histórico".

"Estou muito preocupado com a batalha que iniciou entre Obama e Netanyahu, e o seu impacto sobre as relações com os Estados Unidos", disse Rivlin ao jornal Ma'ariv.

A posição obstinada do primeiro-ministro israelense em relação ao acordo nuclear iraniano também provocou crítica por parte do presidente norte-americano Barack Obama. Vale lembrar que ele disse na quarta-feira (5) que Netanyahu esteve "errado" ao se pronunciar contra o acordo nuclear com o Irã. Obama disse que ele não duvidava a sinceridade de Netanyahu: 

"Mas eu acho que ele está errado. Creio que o "acordo com o Irã" está nos interesses dos EUA e Israel", disse Obama. "Digo aos amigos israelenses: o Irã com armas nucleares é muito mais perigoso para Israel, para a América e para o mundo do que o Irã, o que beneficiará do levantamento das sanções", disse Obama, admitindo, porém, que resta o perigo de o Irã poder receber mais fontes para financiar o terrorismo.

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Em 14 de julho, 2015, o Irã e seis potências mundiais, chegaram a um acordo nuclear abrangente para garantir a natureza pacífica do programa nuclear de Teerã em troca de alívio das sanções.

Israel se opôs rigorosamente ao negócio, alegando que Teerã pretende usar o dinheiro que recebe do levantamento das sanções para apoiar o terrorismo no Oriente Médio.


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