Segundo relato da jornalista Daniela Kresch para o jornal Folha de São Paulo, a decisão do Brasil acompanha a mesma medida tomada por Estados Unidos, Canadá e França, que não reconhecem a soberania de Israel sobre Jerusalém. Para os naturais deste país, Jerusalém – a cidade sagrada para judeus, muçulmanos e cristãos – é a capital de Israel.
“Eu considero uma iniciativa equivocada, tomada em 2014 no calor da guerra do Governo de Israel contra a organização terrorista Hamas na Palestina, em que houve até o chamamento do embaixador brasileiro a Brasília pela Presidenta Dilma Rousseff. Foi o período em que também aconteceu o episódio em que o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel chamou o Brasil de ‘anão diplomático’. Mas tudo isso está superado.”
Segundo a jornalista Daniela Kresch, “o setor consular da Embaixada brasileira emite uma média de 60 passaportes de brasileiros jerusalemitas, cerca de 5% dos passaportes emitidos em favor de 1.200 brasileiros que vivem em todo o Estado de Israel. Este volume e o histórico de relacionamento com o Brasil levam o Cônsul Honorário Osias Wurman a criticar a decisão das autoridades brasileiras:
“É uma decisão tão equivocada esta de suprimir o nome de Israel ao lado de Jerusalém que, nos 67 anos de existência de Israel, durante 66 anos a denominação “Jerusalém/Israel” foi rigorosamente observada e cumprida sem qualquer problema. Ou seja, o inverso do que está acontecendo atualmente. Mas a minha opinião é de que o sistema anterior deve continuar, para alegria e satisfação dos brasileiros que vivem em Jerusalém.”