Segundo eles, o Ocidente tentou mentir à Ucrânia por meio da conclusão de um acordo nefasto para o país e agora, em vez de bem-estar e gás barato da Rússia, os ucranianos lidam com um conflito militar em Donbass e uma crise econômica.
Segundo opinam alguns jornalistas, o problema mais grave para a Ucrânia é que o acordo deveria se tornar mais abrangente do que acordos concluídos com outros Estados-membros da UE. Este previa a aceitação total do sistema de direito europeu, inclusive “privatizações radicais (que já estão em curso) e a estabilização de preços de acordo com os requisitos de mercado”.
Esta última exigência prevê a suspensão dos subsídios de preços dos recursos energéticos (gás e eletricidade). Segundo o Contra Magazin, frente ao inverno e situação crítica na economia, a atual política será a pena de morte para o povo ucraniano.
“As pessoas que protestavam no Maidan em Kiev e aqueles que ainda apoiam o governo existente em breve chegarão à conclusão sobre as consequências dolorosas de tão imprevidente estratégia política”, escreveu Marco Maier.
Enquanto isso, os preços para gás na Ucrânia continuam aumentando, muitos já não podem pagar as contas, e as contas não pagas fazem aumentas ainda mais os preços para as outras pessoas. A publicação indica ainda que não nos devemos esquecer da corrupção na Ucrânia.
Lembramos que Kiev foi forçada a elevar as tarifas de eletricidade, gás e aquecimento para poder entrar em um programa de empréstimos do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Neste domingo o ministro da Política Social da Ucrânia, Pavel Rozenko, declarou na entrevista ao canal 5 da TV ucraniana que os empregadores privam funcionários de salário sob pretexto do conflito em Donbass. O político divulgou que os salários em atraso já atingiram 2 milhões de hryvnias (cerca de 95 mil dólares).
O país vive à beira da moratória, a moeda nacional perdeu no último ano mais de terço do seu valor. A dívida interna da Ucrânia nos finais do julho de 2015 era 68 milhões de dólares, e externa – cerca de 40 milhões.