“Eu acredito que foi uma decisão. Eu acredito que foi uma decisão pensada”, disse Flynn, falando na entrevista.
O documento em questão, recentemente desclassificado, analisa a situação no Iraque pós-guerra. Até aparece o nome Estado Islâmico – referindo-se ao Estado Islâmico do Iraque, um grupo mais ou menos local. Porém, já naquela altura o grupo tinha grandes ambições, segundo a nota:
“Isso cria a atmosfera ideal para o ramo iraquiano para al-Qaeda voltar aos seus velhos esconderijos em Mosul e Ramadi, e também fomentará novamente tensões, sob o pretexto de unificar a jihad no Iraque e na Síria sunitas, assim como o resto dos sunitas do mundo árabe contra aqueles que eles consideram o inimigo principal – os infiéis. O Estado Islâmico do Iraque pode também declarar a criação de um Estado islâmico através dessa união com outras organizações terroristas no Iraque e na Síria, o que constituirá um grave perigo para a tarefa da unificação do Iraque e da proteção do seu território”.
Efetivamente, em abril de 2013, foi proclamada a criação do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL ou EIIS, com a S significando al-Shaam, Levante). E em 29 de junho de 2014, o EIIL proclamou a sua independência, nomeando o seu líder Abu Bakr al-Baghdadi como califa e reclamando ser um “califado universal”.
Agora, o Estado Islâmico, organização terrorista proibida em uma série de países, inclusive na Rússia, é um fator ativo da guerra no Oriente Médio, reconhecido como uma das maiores ameaças ao mundo.