Em conversa com jornalistas na cidade de Pretória, o governante disse que o seu país sofre de "problemas históricos complexos", que são únicos no continente.
"Outros países da África nunca tiveram uma economia baseada na raça", explicou Zuma durante um pronunciamento sobre as reformas implementadas pelo governo no ano de 2015. "Nós estamos tentando lidar com o legado do apartheid, e ele permanecerá conosco por um longo tempo", acrescentou, citando a dificuldade de competir com países que nunca tiveram um desafio semelhante ao sul-africano.
A economia mais desenvolvida da África tem sido sufocada nos últimos meses por altas taxas de desemprego e problemas de abastecimento energético. Em julho, a companhia Lonmin, maior produtora mundial de platina, anunciou um corte de 6 mil postos de trabalho na África do Sul, medida que foi seguida por ações semelhantes por parte de outras mineradoras que atuam no país.
Com um crescimento estimado de apenas 2% neste ano, a economia sul-africana deverá ter um dos piores resultados entre os países da África subsaariana, que deve crescer em torno de 4,5% em 2015, de acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI).