É cedo para determinar origem de fragmentos recuperados, dizem investigadores do MH17

© REUTERS / Maxim ShemetovRestos do Boeing 777 da Malaysia Airlines, no leste da Ucrânia
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É muito cedo para criar hipóteses sobre o país de origem dos supostos fragmentos de um sistema de mísseis Buk encontrados no local do acidente do voo MH17 da Malaysia Airlines no leste da Ucrânia, segundo afirmou um porta-voz da Equipe de Investigação Conjunta (EIC) nesta terça-feira (11).

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Os investigadores internacionais anunciaram anteriormente que estavam analisando restos de "interesse particular" recuperados no local da queda do avião de passageiros, derrubado em julho do ano passado. Ventilou-se a hipótese de que os detritos em questão possam ter se originado de um sistema de mísseis superfície-ar Buk, de fabricação russa.

"Ainda está sob investigação se estas partes são de um sistema de mísseis Buk ou não. Portanto, é muito cedo para tirar quaisquer conclusões", disse o porta-voz da EIC, Wim de Bruin, em entrevista à RT.

Em um comunicado anterior, a EIC disse que estava investigando a origem dos fragmentos recuperados para lançar luz sobre a possível causa do acidente com o MH17, mas ressaltou que a conexão direta entre os detritos e a tragédia ainda não havia sido estabelecida.

O Boing 777 do voo MH17, que fazia a rota de Amsterdã para Kuala Lumpur, foi derrubado em 17 de julho de 2014 enquanto sobrevoava a região de Donetsk, no leste da Ucrânia, matando todas as 298 pessoas a bordo.

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O governo ucraniano e as forças independentistas de Donetsk acusam-se mutuamente de responsabilidade pelo abate da aeronave.

Um relatório final sobre o acidente deverá ser publicado em outubro pelo Dutch Safety Board (conselho investigativo de segurança holandês). Suas conclusões preliminares, no entanto, indicam que o avião se partiu em pleno ar após ser atingido por um “objeto de alta energia”.

Em junho, a fabricante de armas russa Almaz-Antey publicou os resultados de sua investigação sobre o caso, sugerindo que o voo MH17 foi derrubado por um míssil teleguiado lançado por um sistema Buk-M1. Este míssil, em particular, não é produzido na Rússia desde 1999, mas permanece em serviço no Exército ucraniano, de acordo com a fabricante.

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