“A declaração da Moody´s explica exatamente os pontos que ela achou relevante”, disse o ministro da Fazenda. “É uma declaração bastante detalhada, transparente, e que eu acho que dá a indicação das prioridades que a gente tem que ter em relação a manter a qualidade da dívida pública”.
Apesar de ter reduzida a nota de crédito de Baa2 para Baa3, o Brasil permanece dentro do grupo dos países considerados como bons pagadores e ainda seguros para investir. Porém, com uma nota mais baixa, o Brasil fica a apenas um degrau de ser rebaixado para o grau especulativo, que representa os países com nível de crédito duvidoso.
De acordo com a explicação da Moody’s, o rebaixamento da nota é causado pela performance econômica do país abaixo do esperado, o aumento dos gastos do Governo e a falta de consenso político sobre as reformas fiscais. Esses fatores, segundo a Moody´s, impedem que as autoridades alcancem superávits primários altos o suficiente para reverter a tendência de débito crescente neste ano e no próximo e desafiarão sua habilidade de conseguir fazê-lo mais tarde.