A questão de luta contra o Estado Islâmico (proibido na Rússia) veio no contexto de recentes relatórios norte-americanos que provam o uso pelo grupo terrorista de armas químico em Iraque.
Segundo Khoja, o alvo da sua visita para Moscou foi “explicar a posição da Coalizão Nacional Síria sobre o período de transição no país”. A oposição síria se recusa a cooperar com o presidente, Bashar Assad, argumentando que ele não tem legitimidade e acusando-lhe de ser a raiz de problemas da Síria.
Esta postura é compartilhada pela Turquia, cujo chanceler, Mevlut Cavusoglu, pronunciou-se no sentido de que Ancara não reconhece o governo de Assad como legítimo. Consequentemente, as forças turcas não pretendem unir os esforços com o exército sírio no combate ao terrorismo.
A Rússia, por sua vez, à proposta do presidente, Vladimir Putin, quer uma coalizão mais ampla contra o Estado Islâmico, que incluiria todas as forças que se oponham ao grupo terrorista, incluindo forças governamentais sírias.
“Sem uma ampla coalizão, todos que lutam contra os terroristas no terreno, os ataques aéreos realizados pela coalizão liderada pelos EUA, não chegarão ao resultado e o EI não será destruído“, disse Lavrov.
O seu colega russo opinou que os EUA apresentam a política de duplos padrões:
“Quando o alvo foi a destruição das armas químicas, Bashar Assad foi o parceiro legítimo. Mas, quando a luta contra terrorismo, ele por alguma razão não o é”.
Os Estados Unidos lideram a coalizão internacional que continua realizando ataques aéreos contra posições do EI que provaram pouco eficazes, uma vez que o número de combatentes do Estado Islâmico é o mesmo que no agosto do ano passado, segundo dados dos oficiais da defesa norte-americana.