O líder do Parlamento da República Popular de Donetsk (RPD), Andrei Purgin, disse aos jornalistas que os protestos em Mariupol contra a desmilitarização de Shirokino são uma tentativa de desviar as atenções:
“Eles querem muito que os militares lá fiquem, que as ações militares continuem… Trata-se de tentar desviar as atenções, de criar constantemente pretextos informativos, e nada mais.”
As palavras de Andrei Purgin podem ser comprovadas pelo facto de que Kiev está cada vez mais perto da falência econômica, segundo opiniões de especialistas.
Jeffrey Albert Tucker, membro da Fundação para a Educação Econômica, opina que a Ucrânia não tem capacidade financeira para cumprir os compromissos da dívida pública e pode entrar em moratória.
Em setembro Kiev deve pagar 500 milhões de dólares à UE.
“Não há quaisquer chances de que a Ucrânia pague a dívida e 5% (que os credores estão preparados a perdoar) não resolverão o problema… Os credores vão sofrer grandes perdas… Dentro de seis-doze meses vamos ter mais uma Grécia”, cita Jeffrey Albert Tucker o canal russo RT.
Além disso, a edição Business Insider chamou a Ucrânia de um dos países com dívida de maior risco, o que foi determinado pelos preços das permutas de direitos creditórios, um instrumento financeiro essencial usado para estabelecer o risco de moratória.
National Debt Risk From Around The World: Safest To Most Likely To Default http://t.co/BhW4wKXoNH pic.twitter.com/crCRlbFgj4
— Business 2 Community (@B2Community) August 14, 2015
Em meados de junho, a Ucrânia pediu aos credores um perdão de 40% e aceitou novos eurobonds, ligados ao futuro desempenho econômico e sob um plano de pagamento.
A dívida pública total da Ucrânia é de 70 bilhões de dólares, dos quais 40 bilhões constituem a dívida internacional.
A reestruturação da parte da dívida pública ucraniana está prevista no memorando concluído por Kiev e o Fundo Monetário Internacional e é uma das condições-chave para conceder à Ucrânia 17,5 biliões de dólares.