Em entrevista à edição alemã Die Zeit, o empresário disse que no ano passado ele aconselhou o presidente Putin a introduzir contrassanções e declara que faria a mesma coisa agora:
“Na altura, era difícil para os artigos russos chegar aos balcões da rede Metro (companhia global de distribuição alemã). Mas agora a companhia está até pronta para financiar o desenvolvimento de novos produtos”.
Stefan Dürr destaca que as companhias nacionais ganharam com as sanções:
“No passado, os agricultores russos eram, na maioria, apenas fornecedores de matérias primas. Por exemplo, a minha companhia EcoNiva agora não só vende leite, mas também produz requeijão e iogurte. Entramos em novos mercados”.
As sanções foram impostas pela UE como resultado de uma suposta participação russa no conflito ucraniano. Em resposta, a Rússia restringiu a importação de produtos alimentares de países que impuseram as sanções.
O prolongamento do embargo russo foi anunciado pouco depois que os Estados Unidos e a União Europeia informaram que iriam estender as sanções econômicas contra a Rússia, ainda alegando como razão para isso o suposto envolvimento de Moscou na crise ucraniana.
Moscou negou em diversas ocasiões participação no conflito ucraniano, que se arrasta desde os primeiros meses de 2014.